terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A história de Neto!

Retirado do site Gazeta Esportiva.net, que ilustra a carreira de Neto, as confusões em que se envolveu, títulos que conquistou e seu final de carreira.

Neto, o xodó da Fiel


Gazeta Press

O começo - José Ferreira Neto estreou entre os profissionais do Guarani com 16 anos. Mesmo com peso acima do que seria normal para um atleta, a precisão de seu pé esquerdo fez do jogador uma peça indispensável para a armação das equipes pelas quais passou. Foi nesta época também que sua característica marcante aparecia: as cobranças de falta precisas. Em 1986 passou pelo Bangu e, no ano seguinte, pelo São Paulo, onde conquistou o Campeonato Paulista. Porém, estas passagens serviram apenas para Neto ganhar experiência. De volta ao Guarani, o jogador fez uma bela temporada, marcando inclusive um gol de bicicleta no Corinthians, seu futuro clube. Na final do Paulista, no entanto, o troco, e o título foi para o Parque São Jorge.

Com Leão não dá - Suas boas atuações lhe renderam um bom contrato com o Palmeiras. Porém, os problemas com o peso passaram a atormentar ainda mais a vida de Neto. O técnico do time era Émerson Leão, que não aceitava a forma física do jogador. O treinador chegou a separar os demais jogadores dos considerados "gordinhos" durante a hora do almoço, nos treinamentos e até mesmo nas concentrações. Neto jamais aceitou esta atitude e vivia batendo de frente com Leão. Algumas lendas foram criadas em cima desta briga, sendo que uma delas diz que o jogador teria enconstado um revólver na cabeça do técnico-tirano. A solução encontrada pela diretoria foi negociar o atleta. Em uma troca com o Corinthians, o Palmeiras enviou ao Parque São Jorge Neto e Denys e recebeu Ribamar e Dida.

O xodó da Fiel - O ano era 1989. Neto desembarcava no Corinthians desprezado pelo Palmeiras e em uma eterna briga com o peso. A Fiel, já em suas primeiras apresentações, percebeu que um novo ídolo estava surgindo, o Xodó da Fiel. Para agradar, Vicente Matheus mandou retirar até a balança dos vestiários corintianos. O Campeonato Brasileiro de 90 foi a consagração total. Artilheiro de uma equipe sem estrelas, comandada por Nelsinho Baptista, Neto foi considerado o maior responsável pelo título até então inédito.

Com 90 gols, boa parte deles em cobranças de falta, Neto era um maestro no meio-campo e uma certeza de boas chances nas bolas paradas. Em 1993, após a derrota para o Palmeiras na final do Paulista daquele ano, o jogador se transferiu para o Milionários da Colômbia, voltando ao Timão em 1996, desta vez não tão eficiente, mas sempre com uma enorme vontade de ajudar o time. Em 1997 conquistou o Campeonato Paulista, passando boa parte das partidas no banco. Sua despedida do Parque São Jorge aconteceu em 1998.

Polêmico - A atitude do jogador dentro de campo fazia a Fiel gostar ainda mais de Neto. Polêmico, mostrando raça, vontade e determinação, o Xodó era a cara da torcida. Brigava com juízes, tirava a camisa para comemorar, provocava os adversários, mas às vezes exagerava. No dia 13 de outubro de 1991, por exemplo, em uma partida contra o Palmeiras, no Morumbi, o árbitro José Aparecido de Oliveira, com uma série de erros começou a irritar os jogadores corintianos. Neto não se contém e dá uma cuspida no rosto do juiz, e acaba expulso aos 28 minutos. Por causa disso, o jogador levou uma suspensão de quatro meses.

Na seleção - As boas atuações no Corinthians abriram caminho para que o jogador tivesse sua chance na seleção brasileira. O técnico Paulo Roberto Falcão assumia a equipe logo após o fracasso da Copa do Mundo de 1990 e precisava de um líder. O escolhido foi Neto, capitão do time durante entre 1990 e 1991. A seleção não foi tão bem como se esperava e serviu como um laboratório para que novos nomes, como Mauro Silva e Márcio Santos, fossem lançados. Falcão não deslanchou e, com a entrada de Parreira, Neto também não teve mais espaço. Fica a lembrança do jogo em homenagem aos 50 anos de Pelé, quando o Xodó substituiu o Rei. Jogou 21 partidas oficiais e marcou cinco gols.


Gazeta Press

O final de carreira - Após sua mais importante passagem pelo Corinthians, Neto foi para a Colômbia, onde defendeu o Milionários. Foi uma passagem rápida, logo ele retornava ao Brasil para defender o Santos. Depois disso uma longa perigrinação por diversas equipes: o Matsubara, o Araçatuba, o Atlético/MG, o Etti, o Osan e finalmente o Deportivo Italchacao.

Neto já não era mais o mesmo. Embora sua precisão não tivesse mudado nada, sua movimentação em campo era bem menor e, seu problema com a balança, literalmete começava a pesar. O meia então resolveu deixar os gramados, mas jamais o futebol. Fez uma boa carreira como comentarista esportivo, até que conseguiu realizar um sonho...

Realizando um sonho - Aos 34 anos, Neto realiza um de seus maiores sonho. O ex-meia foi contratado para ser o novo gerente de futebol do Guarani. “Queria exercer essa função há muito tempo. Vou ser o elo de ligação da comissão, ter autonomia, acompanhar os treinos, dar moral ao elenco e procurar resolver os problemas particulares de cada atleta”, diz Neto, que tentará tirar o Bugre de uma terrível crise, que deixou o time nas últimas posições do Paulista 2001 e na lanterna do Brasileirão no início da competição.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá pessoal, a apresentação visual do blog está muito boa, mas por enquanto, praticamente nao há postagens produzidas por vocês...no dia 13 de novembro a Vanessa promete uma entrevista, que ainda nao está publicada e o último texto saiu da Gazeta, assim como o vídeo é de uma TV.
Espero ver uma produção própria.
Abraços, prof. Cristina Valéria.